6 de mar. de 2012

"Mãe e Filha", de Petrus Cariry



Eu tive o prazer de ver este filme, dirigido pelo cearense Petrus Cariry (filho de Rosemberg Cariry), no Cine Ceará de 2011, mas sua estreia nacional ocorrerá este mês, no dia 16. É o segundo longa de Petrus (o primeiro, "O Grão", também foi muito elogiado), narra a história de uma mulher que viaja para o sertão para reencontrar sua mãe, trazendo, também, seu filho natimorto. Na verdade, falar a fundo de uma "sinopse" para "Mãe e Filha" é um erro, pois é um filme que se importa mais, na verdade, com o que está oculto na relação entre as personagens-título, mergulhando menos na linearidade e mais nas sensações que movem as personagens. Cinema de atmosfera, que retira do silêncio, dos mínimos sons e dos espaços, e dos fantasmas (memórias, perdas) que os habitam. "Mãe e Filha" também dialoga muito com algumas características bastante presentes em cineastas contemporâneos, remetendo, por exemplo, ao tailandês Apichatpong Weerasethakul (não tentem pronunciar o nome) ou do argentino Lisandro Alonso (para ficar em um nome mais conhecido: também pode agradar a quem gosta de Terrence Malick), mas é uma obra, é claro, com brilho e intensidade própria.


Confira o trailer de Mãe e Filha

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